O Corpo Físico é retratado de muitas maneiras diferentes nas várias tradições espirituais existentes, mas a maioria delas tem em comum um certo desprezo por esse corpo, até mesmo chamando-o de “prisão de cinco sentidos”. É claro que, em comparação com as capacidades e sentidos de nossos corpos mais sutis, o corpo físico parece uma casca desajustada e fraca, ou uma espécie de armadura com as juntas enferrujadas, por onde se vê muito pouco do Mundo como ele realmente é.

            O que falta para a maioria de nós é perceber a importância desse veículo em nossa Jornada rumo ao autoconhecimento. A verdade é que essa experiência física (de estar encarnado em um corpo material) que parece nos limitar tanto, tem uma função.

            Nosso Universo é infinito. Vivemos num Universo Fractal que não para jamais de se transformar e se diversificar, cheio de planos e subplanos, variadas dimensões e uma riqueza de conhecimento tão vasta que é inconcebível para nosso estágio atual de evolução. A quantidade de informação a ser captada por nossos sentidos é enorme. Daí a importância do corpo físico: ele restringe a quantidade de informações que nós percebemos (restringindo-as em cinco sentidos) de forma que nós possamos prestar atenção a essas informações e, conforme vamos compreendendo-as vamos evoluindo e, pouco a pouco, vamos expandindo nossa Consciência e consequentemente nossa capacidade de percepção. Essa restrição possibilita uma melhor compreensão do nosso Universo, ainda que tenha a desvantagem de, com as limitações, nos deixar bastante confusos em relação a muitos dos fenômenos que sentimos ou observamos. Na existência etérea, com a consciência assentada em um corpo não-material, há tantos sentidos que a evolução fica mais difícil para nós. É simplesmente informação e diversidade demais pra um espírito no nosso nível de evolução digerir facilmente.

            Encare a vida física como um processo alquímico: é onde, através dessas restrições sensoriais (e das dificuldades gerais que passamos aqui) vamos nos lapidando mais rapidamente, e esse processo se repete em ciclos até chegar ao ponto onde nossas consciências já se expandiram o suficiente para não precisar mais passar por ele (e aí então iniciam-se outros, nos planos espirituais).

            É uma questão de mérito: quanto mais evoluímos, mais nos libertamos de nossas limitações porque estamos mais aptos a lidar com maiores estímulos. Essa capacidade de lidar com esses estímulos, diversidade de informações (lidar para além do intelecto, falo de uma compreensão completa, não só intelectual nem apenas emocional, uma terceira visão) é o que se conhece por maturidade espiritual.

            Devemos aproveitar ao máximo (dentro das nossas limitações) a vida aqui na matéria, porque nosso corpo físico é dotados de grande sabedoria e nos proporciona o laboratório perfeito, no nosso atual estágio de evolução, para transmutar e enobrecer nossas consciências. Nossos corpos são os melhores professores em nossa vida material.

            Outro motivo para não desprezar o mundo físico (e consequentemente o corpo físico) é o fato de que o plano físico não é menos espiritual que o plano astral, essas distinções não são de fato reais, são apenas questão de percepção e vibração. O material é somente uma extensão densa do espiritual, e o espiritual é somente uma extensão sutil do material. Os extremos se tocam. O mesmo ocorre com nossos corpos: Somos todos extensões de uma coisa só.


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Onde fica a ALMA? | O Evangelho Segundo ELIAS · 24 de novembro de 2019 às 8:27 PM

[…] “O Corpo Físico é retratado de muitas maneiras diferentes nas várias tradições espirituais existentes, mas a maioria delas tem em comum um certo desprezo por esse corpo, até mesmo chamando-o de “prisão de cinco sentidos”. É claro que, em comparação com as capacidades e sentidos de nossos corpos mais sutis, o corpo físico parece uma casca desajustada e fraca, ou uma espécie de armadura com as juntas enferrujadas, por onde se vê muito pouco do Mundo como ele realmente é. O que falta para a maioria de nós é perceber a importância desse veículo em nossa Jornada rumo ao autoconhecimento. A verdade é que essa experiência física (de estar encarnado em um corpo material) que parece nos limitar tanto, tem uma função. Nosso Universo é infinito. Vivemos num Universo Fractal que não para jamais de se transformar e se diversificar, cheio de planos e subplanos, variadas dimensões e uma riqueza de conhecimento tão vasta que é inconcebível para nosso estágio atual de evolução. A quantidade de informação a ser captada por nossos sentidos é enorme. Daí a importância do corpo físico: ele restringe a quantidade de informações que nós percebemos (restringindo-as em cinco sentidos) de forma que nós possamos prestar atenção a essas informações e, conforme vamos compreendendo-as vamos evoluindo e, pouco a pouco, vamos expandindo nossa Consciência e consequentemente nossa capacidade de percepção. Essa restrição possibilita uma melhor compreensão do nosso Universo, ainda que tenha a desvantagem de, com as limitações, nos deixar bastante confusos em relação a muitos dos fenômenos que sentimos ou observamos. Na existência etérea, com a consciência assentada em um corpo não-material, há tantos sentidos que a evolução fica mais difícil para nós. É simplesmente informação e diversidade demais pra um espírito no nosso nível de evolução digerir facilmente. Encare a vida física como um processo alquímico: é onde, através dessas restrições sensoriais (e das dificuldades gerais que passamos aqui) vamos nos lapidando mais rapidamente, e esse processo se repete em ciclos até chegar ao ponto onde nossas consciências já se expandiram o suficiente para não precisar mais passar por ele (e aí então iniciam-se outros, nos planos espirituais). É uma questão de mérito: quanto mais evoluímos, mais nos libertamos de nossas limitações porque estamos mais aptos a lidar com maiores estímulos. Essa capacidade de lidar com esses estímulos, diversidade de informações (lidar para além do intelecto, falo de uma compreensão completa, não só intelectual nem apenas emocional, uma terceira visão) é o que se conhece por maturidade espiritual. Devemos aproveitar ao máximo (dentro das nossas limitações) a vida aqui na matéria, porque nosso corpo físico é dotados de grande sabedoria e nos proporciona o laboratório perfeito, no nosso atual estágio de evolução, para transmutar e enobrecer nossas consciências. Nossos corpos são os melhores professores em nossa vida material. Outro motivo para não desprezar o mundo físico (e consequentemente o corpo físico) é o fato de que o plano físico não é menos espiritual que o plano astral, essas distinções não são de fato reais, são apenas questão de percepção e vibração. O material é somente uma extensão densa do espiritual, e o espiritual é somente uma extensão sutil do material. Os extremos se tocam. O mesmo ocorre com nossos corpos: Somos todos extensões de uma coisa só.” (https://serpentarius.com.br/o-corpo-fisico/) […]