“Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados “

Vivemos em um Universo de múltiplos níveis e Realidades que a todo o momento não cessam de se transformar. Tudo o que há para saber reside em você, tudo o que há para ver reside em você, tudo o que há para sentir reside em você, Tudo é você.
A aparente dualidade do Universo se deve unicamente pela percepção incompleta da Realidade. Luz e Treva possuem a mesma origem, são manifestações de uma coisa só. No princípio do Universo, quando existia apenas o Akasha (o Vazio criador, onde tudo é passível de manifestação) houve mudança em prol da expansão do Universo. Expandindo-se, o Universo saberia mais sobre si mesmo e acima de tudo: se transformaria, porque aquilo que não se transforma perece.

Surgiu então, do Vazio-Potência, o princípio Ativo (hermeticamente chamado de FOGO), quente, elétrico, expansivo e LUMINOSO. Agora o Universo poderia se expandir e iluminar a si mesmo, possibilitando sua mudança. Para que tudo não fosse fogo (de maneira que Tudo se dispersaria), surgiu (do mesmo Akasha/Vazio criador) o principio Passivo (hermeticamente, ÁGUA): frio, magnético, retraído e SOMBRIO. Agora o Universo poderia se expandir sem tornar-se apenas um monte de energia dispersa e disforme. A LUZ, ao desacelerar-se, esfria e transforma-se em TREVA (que ao ser agitada, volta a ser Luz), da mesmíssima forma que o Magma esfria para derreter-se novamente no interior da Terra. Esses pólos, Luz e Treva, são veículos de manifestação de uma mesma coisa. Sua Natureza é rival, mas de maneira nenhuma inimiga (que Ser, em sua totalidade, seria inimigo de si mesmo? A lógica é por acaso inimiga da imaginação? O elétrico inimigo do magnético?). Tanto não são inimigos, que se atraem mutuamente.

A energia Luminosa é a matéria prima, que se adensa e esfria na energia Trevosa, tomando forma. A densidade material é totalmente ilusória: existe tanto espaço entre os átomos do seu corpo (novamente, o Vazio Akáshico, onde tudo se manifesta) que se fosse totalmente removido nossos corpos seriam muito menores que um grão de sal. O que nos gera é de fonte Ativa (pois nos cria dentro do ambiente propício à manifestação, o Akasha, ou seja, se PROJETA para a manifestação) e o que nos mantém é de fonte Passiva (que nos prende à forma, seja ela qual for, para que possamos experimentar a todas as coisas nessa trama de possibilidades da Realidade, ou seja, nos RETRAI para a existência).

Luz e Treva existem harmoniosamente, sem se anularem uma a outra, devido a existência de um terceiro princípio neutralizador, que divide características similares à Luz, sem com isso ser Luz, e que divide características similares à Treva, sem com isso ser Treva. Esse princípio (hermeticamente: AR) regula a ação do principio Ativo sobre o Passivo e do Passivo sobre o Ativo. A partir do momento em que esses três princípios, juntos, entram em Harmonia (que NADA tem haver com quantidades equivalentes, e sim com o surgimento do MOVIMENTO cíclico que geram) surge então um quarto princípio, o da Harmonia (hermeticamente: TERRA), não apenas elétrico ou magnético, mas eletromagnético. É nesse último estágio que surge a Vida, e por mais elástico que possa ser, ainda é bastante delicado.
Luz demais e você se torna pó, Treva demais e você congela, Neutralidade demais e você não se move (por não conseguir nem se projetar em um movimento qualquer, nem se retrair a uma forma).

Observemos a Realidade do nosso Ser, não sejamos burros (agindo de forma Unilateral): Somos o Vazio Criador (onde tudo é passível de manifestação), Somos a Luz (que se projeta para a Manifestação), Somos a Treva (que se retrai para a existência), Somos o Universo inteiro manifestos temporariamente como formas ilusoriamente individuais para que através de nossas experiências, possamos observar, entender, evoluir e aproveitar a nós mesmos, em nossa infinita pluralidade de Ser.

Os ciclos da existência desses dois princípios (Ativo e Passivo, Luz e Somba, Elétrico e Magnético, Quente e Frio) regem o movimento e o repouso do Universo Macrocósmico que reflete diretamente em todos nós como entidades Vivas Microcósmicas: Seu pulmão se expande para se preencher de ar, para então se contrair para expulsar o ar viciado, repetindo o processo para manter a constante entrada de Prana que ajuda na sustentação de nossos corpos. Ao andar, você projeta uma das pernas enquanto a outra permanece em repouso para sustentar todo o corpo durante o processo, então tudo se inverte: a perna que antes se projetou agora repousa para que a outra se projete para avançarmos mais um passo na direção que pretendemos seguir. A alternância entre calor e frio gera as correntes marítimas e atmosféricas, de forma que durante o dia podemos receber calor sem com isso sermos incinerados e a noite podemos nos desenvolver a partir da energia absorvida durante o dia, sem com isso congelarmos pela falta dela.

Tudo se move em perpétua e perfeita Harmonia (Movimento) em prol da constante renovação do Universo. Uma hora aqui e outra hora lá. Uma hora Ativamente e outra Passivamente. E assim seguimos tal qual Serpente draconiana que devora a própria cauda, recriando a si mesma sendo hora devoradora, hora devorada, em alternância eterna que gera Vida e Evolução a partir de si mesma, na transformação de uma coisa em muitas coisas e de muitas coisas novamente em uma só, muito melhor e de qualidade superior à sua versão anterior.

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